NOTÍCIAS DE PORTUGAL

Processos de Tomada de Decisão para Resolver Problemas

Tomar decisões é uma tarefa complexa, que nem sempre está ao alcance de qualquer pessoa, na medida em que são vários os fatores, circunstâncias e causas que estão na origem de uma dada situação, que é necessário conhecer e resolver.
Uma das condições para se tomar uma Decisão é dominar, ainda que minimamente, o respetivo processo, depois as concernentes técnicas a aplicar, na resolução do problema, conflito ou situação. Aliás, a tomada de Decisão implica fazer uma análise de uma situação, ou de um problema, identificar possíveis ações, a sua avaliação e escolha do percurso a seguir.
Assim, por uma questão metodológica, e também para melhor compreensão de todo o processo, importa conceptualizar o termo Decisão: «Uma decisão é um juízo que leva a uma escolha entre alternativas. Raramente se trata de escolher entre o que está certo e o que está errado. Na melhor das hipóteses, é uma escolha entre o quase certo e o provavelmente errado –, mas, em geral, é uma opção entre duas ações possíveis, nenhuma das quais sendo mais correta do que a outra.» (DRUCKER, Peter, 1967, in: ARMSTRONG, 2005:58).
Convém salvaguardar alguma prudência, no sentido em que não se deve esperar, ou mesmo desejar chegar, com facilidade, a um consenso, porque muitas e boas decisões emergem, por vezes, de pontos de vista conflituosos, e sabe-se que na maioria das situações, não se tomam deliberações sem  desacordos, porque a unanimidade, nem sempre é possível.
Numa perspectiva diferente, ainda, e, se se quiser complementar, também se pode aceitar que a Decisão é uma escolha consciente, de um modo particular de ação, sobre outras alternativas, no sentido de resolver um determinado problema. Entre muitas teorias sobre esta temática, consideram-se os seguintes tipos de Decisão: 
a) Decisão Impulsiva – Tomada, geralmente, sob a influência emocional, não ponderando a ação e suas consequências;
 b) Decisão, com Certeza – Os corolários de cada alternativa são, claramente, conhecidos; 
c) Decisão, com Incerteza – Os efeitos de cada alternativa são quase completamente desconhecidos; d) Decisão de Risco – Os desfechos de cada alternativa não são completamente conhecidos, mas conhece-se alguma coisa quanto à probabilidade de ocorrência de um dado resultado;
e) A não- decisão ou a indecisão leva a pessoa a não querer, a não ser capaz ou não saber, respetivamente, como escolher uma alternativa viável para atingir o que inicialmente tinha previsto.

Tomar boas decisões dá trabalho. Exige dispêndio de tempo, de energia e de recursos. As pessoas podem ter um elevado grau de controlo sobre as suas vidas, e sobre o que lhes acontece através de um constante e consciencioso uso da tomada de Decisão.
Para tal é necessário que seja conscientemente assumida a responsabilidade de tomar decisões.
Existe um processo para tomar boas decisões, que pode ser aprendido e praticado. Como qualquer outra competência, a capacidade para tomar decisões torna-se mais simples e mais efetiva com a prática, mesmo que por vezes se cometam erros, porque equivocar-se, corrigir e não repetir o engano, também é um processo de aprendizagem.
Uma boa Decisão é formada através da utilização do processo de tomada de “Decisão Planeada”, mesmo se as suas consequências não correspondam às que são sempre as desejadas. O uso do processo de tomada de “Decisão Planeada”, não significa, necessariamente, que as consequências sejam as melhores, porque pode surgir algum imponderável.
Significa que a probabilidade de obter boas consequências, é mais elevada do que usar qualquer outro processo de tomada de Decisão. A planificação, mesmo que mental, é fundamental, para evitar consequências desagradáveis, ou pelo menos para as minimizar.
Assim, a forma mais eficaz de tomar uma Decisão é planear essa mesma Deliberação, adotando uma metodologia que se pode denominar como o “Processo de Tomada de uma Decisão Planeada” o que implica que: se reconhece a existência de um problema; se deve defini-lo correta e realisticamente; e responder-lhe como agir.
No processo de tomada de Decisão, podem (e devem) respeitar-se as seguintes fases: 
1) Tomar consciência da necessidade de decidir, e explicar o problema: o Quê? O
Porquê? Qual é a sua extensão? 
2) Fixar objetivos realistas: o que é que se pretende atingir? 
3) Encontrar, ou criar alternativas, e colocar hipóteses,
4) Imaginar as consequências das alternativas, e recolher informação; o que pode suceder relativamente a uma dada alternativa? 
5) Ponderar o valor de cada alternativa; entre diversas possíveis, em que é que variam? Qual, ou quais, a ou as melhores? 
6) Escolher a alternativa de valor mais elevado; qual é a que melhor se adapta à resolução do
problema? 
7) Repensar a escolha;
8) Agir de acordo com a escolha, pondo em prática a melhor alternativa; 
9) Experimentar os resultados.

Uma outra abordagem, eventualmente mais complexa, é possível para se tomar decisões, resumindo-se os dez principais passos a observar: 
«1) Tomar decisões mais rápidas; 
2) Evitar protelar; 
3) Preparar para o inesperado; 
4) Pensar antes de agir; 
5)Cuidado com os pressupostos; 
6) Aprender com o passado; 
7) Ser sistemático; 
8) Falar no assunto; 
9) Esperar algum tempo antes de pensar no assunto; 
10) Prever potenciais consequências.» (ARMSTRONG, 2005: 59-60)

Bibliografia
ARMSTRONG, Michael (2005). Como ser Ainda Melhor Gestor. Guia completo de técnicas e competências essenciais. Tradução, Geraldine Correia e Raquel Santos. Lisboa: Atual Editora

Venade/Caminha – Portugal, 2020
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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CORONAVÍRUS/COVID-19
NOBRES CONFREIRAS/DES. ILUSTRES AUTORAS/RES. ESTIMADAS/OS LEITORAS/RES. PREZADAS/OS AMIGAS/OS.
RECOMENDAÇÕES DA DGS SOBRE CORONAVÍRUS/COVID-19 –

O novo coronavírus, intitulado Covid-19, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, na Cidade de Wuhan.
Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto na cidade de Wuhan. A fonte da infeção é ainda desconhecida.
Os Coronavírus são uma família de vírus conhecidos por causar doença no ser humano. A infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia.

COMO SE TRANSMITE?
A Covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.
Esta doença transmite-se através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando tossimos ou espirramos, que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo.
As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?
As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda como febre, tosse e dificuldade respiratória.
Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.
Existe uma vacina?
Não existe vacina. Sendo um vírus recentemente identificado, estão em curso as investigações para o seu desenvolvimento.
Os antibióticos são efetivos a prevenir e a tratar o novo coronavírus?
Não, os antibióticos não são efetivos contra vírus, apenas bactérias. O Covid-19 é um vírus e, como tal, os antibióticos não devem ser usados para a sua prevenção ou tratamento. Não terá resultado e poderá contribuir para o aumento das resistências a antimicrobianos.

COMO ME POSSO PROTEGER?
Nas áreas afetadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda medidas de higiene e etiqueta respiratória para reduzir a exposição e transmissão da doença:
Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o cotovelo, nunca com as mãos; deitar sempre o lenço de papel no lixo);
Lavar as mãos frequentemente. Deve lavá-las sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes;
Evitar contacto próximo com pessoas com infeção respiratória.
Necessito de usar máscara facial se estiver em público?
De acordo com a situação atual em Portugal, não está indicado o uso de máscara para proteção individual, exceto nas seguintes situações:
Pessoas com sintomas de infeção respiratória (tosse ou espirro);
Suspeitos de infeção por Covid-19;


Pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infeção por Covid-19
O QUE É UM CONTACTO PRÓXIMO?
É uma pessoa com exposição associada a cuidados de saúde, incluindo:
Prestação de cuidados diretos a doente com Covid-19;
Contacto em ambiente laboratorial com amostras de Covid-19;
Visitas a doente ou permanência no mesmo ambiente de doente infetado por Covid-19;
Contacto em proximidade ou em ambiente fechado com um doente com infeção por Covid-19 (exemplo: sala de aula).
(in: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/documento?i=recomendacoes-da-dgs-sobre-coronaviruscovid-19-recommendations-
on-coronaviruscovid-19

Venade/Caminha – Portugal, 2020
Com toda a nossa FÉ, pedimos a Deus para que possamos sobreviver a esta PANDEMIA.
Ermezinda da Assunção Preto de Bártolo e Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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SAL: Fonte das Relações Pessoais

Ao longo de muitos séculos, o sal funcionou como moeda de troca, isto é, de pagamento de bens e serviços, qual valor precioso que comandava as relações comerciais entre pessoas, porque já então se lhe reconhecia, também, uma caraterística muito importante e indispensável, para o tempero das refeições (também
designado por cloreto de sódio).
«O sal era, até ao início do século XX , um importante conservante alimentar . A tal ponto chegava a sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período romano , sendo esta a origem da palavra " salário ". Por este motivo as explorações de sal chegaram a ter valor estratégico, inclusive tendo sido criadas vilas fortificadas para defender as salinas .
Historicamente a exploração de sal se realizava em salinas das zonas costeiras e dos mananciais de água salgada (que atravessam depósitos de sal no subsolo). Mais modernamente, os depósitos subterrâneos passaram a ser explorados através de minas, com isto as salinas de manancial foram perdendo importância e sendo abandonadas durante o século XX.» (in: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sal_de_cozinha
O Sal continua, nestes tempos modernos a desempenhar um papel importantíssimo nos “temperos”, porém, em quantidades moderadas, sob pena de prejudicar a saúde individual e, por efeitos da cultura nacional, também a da população, de resto, sabe-se que em Portugal, se abusa deste sal.
Mas o SAL, a que o título desta reflexão se refere, e que está codificado numa sigla é, também, essencial à vida, porque sem a aplicação dos ingredientes que contém, a felicidade fica bem longe de cada pessoa, a relação entre os seres humanos depende, quase que exclusivamente, da combinação dos elementos que compõem este SAL maravilhoso.
A sociedade: cada vez mais consumista, (para quem pode, obviamente); mais materialista; nem sempre dá importância a certos constituintes que enriquecem a relação humana; que consolidam valores essenciais à vida da pessoa verdadeiramente afável, que contribuem decisivamente para a felicidade, qualquer que seja o conceito deste supremo valor, pelo qual se luta incansavelmente.
O SAL, que aqui é trazido à reflexão, tal como outros elementos das diversas dimensões humanas, é um conjunto de valores, diga-se que, um primeiro tripé que, a par de outros: ajuda à realização axiológica da pessoa profundamente sensível; à relação sadia, alegre e assertiva de cada um em particular e de todos os seres humanos em geral, de tal forma que, no conjunto, se alcança a dignidade da pessoa.
É impossível conseguir qualquer forma de satisfação, ao nível da realização humana mais elevada, sem que estejam devidamente assumidos, praticados e consolidados os ingredientes deste SAL da vida, porque se trata de um SAL muito especial: que não está à venda em nenhum estabelecimento comercial; que não se
negoceia e que, pelo contrário, ou se luta por ele e se aprimora e se entrega ao outro, nosso semelhante; ou nunca o viremos a possuir e a gozar dele.
O SAL a que se refere esta breve reflexão é composto por três elementos essenciais, insubstituíveis, invendíveis, para quem se quer muito bem, para quem deseja lutar por uma vida muito mais feliz, mais digna, mais elevada. Este SAL é a sigla de: “S” de Solidariedade; “A” de Amizade e “L” de Lealdade. Repare-se que a Amizade fica protegida, justamente no meio, pelos/dos outros dois grandes valores – Solidariedade e Lealdade -, que só no ser humano se concretizam (ou não) conscientemente.
É já um lugar-comum, porém, infelizmente, com uma grande dose de verdade, dizer-se que se vive uma crise de valores, mais acentuada do que qualquer outra crise económica e/ou financeira ou, ainda, de outra natureza. Muitas pessoas estão subalternizando valores próprios da dignidade humana, do relacionamento puro entre elas, colocando, em primeiro lugar, outros interesses, situações e objetivos.
Este SAL da vida digna, próprio de quem se deseja ser pessoa de bem, começa a ser trocado, traído, ridicularizado, fortemente desvalorizado, para se atingirem fins menos consentâneos com a dignidade da pessoa virtuosa.
Por vezes, entregamos: com entusiasmo, com sinceridade e esperança, os ingredientes deste maravilhoso SAL, a pessoas em quem confiamos, a quem desejamos o melhor do mundo, mas nem sempre somos reconhecidos e, muito menos ainda, retribuídos por tais pessoas, porque estas, entretanto, optaram por outros valores, por outras pessoas, com atitudes e comportamentos casuísticos que, materialmente, até
lhes são úteis, num dado período das suas vidas.
É bem provável que tais pessoas, que traíram aqueles que tudo lhes confiaram, um dia se sintam arrependidas (o que é um bom sentimento), que se autocondenem pela deslealdade que assumiram, pela negação da solidariedade a que, em consciência e como pessoas de bem, estariam moral e eticamente, obrigadas, ou, pelo menos, gratas.
Por outro lado, a infelicidade, mais tarde ou mais cedo, poderá bater-lhes à “porta” e, aquelas pessoas a quem se tenham aliado, por meros interesses materialistas e casuísticos, já não estejam disponíveis para continuarem a ajudar, até porque, entretanto, aperceberam-se do oportunismo e do calculismo que comandou a aproximação daquelas, as atitudes e comportamentos “afáveis”.
As máscaras vão caindo, os vernizes estalando, e, no final, vão estar aquelas pessoas que ofereceram, justamente, o SAL da vida digna, com solidariedade, amizade e lealdade. Temos de preservar este SAL de quem é verdadeiramente nossa/o amiga/o e a estas pessoas não temos o direito de as enganar, porque de contrário, nem de nós próprios seremos dignos e perderemos todo o respeito, toda a nobreza que nos é devida, enquanto pessoas verdadeiramente humanas e de sentimentos puros, inegociáveis, intocáveis, supremos.

Venade/Caminha – Portugal, 2020
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, condecorado com a “GRANDE CRUZ DA ORDEM INTERNACIONAL DO MÉRITO DO DESCOBRIDOR DO BRASIL, Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística http://www.minhodigital.com/news/titulo-nobiliarquico-de COMENDADOR das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker – Brasil
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TÍTULO HONORÍFICO DE EMBAIXADOR DA PAZ pelos «serviços prestados à Humanidade, na Defesa dos Direitos as Mulheres. Argentina»
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DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
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Diamantino Bártolo como Correspondente Internacional da Associação Literária Letras no Jardim.

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O Professor e a Democracia

A democracia não foge à regra e como tal, também utiliza os sistemas educativo e a formação profissional para divulgar e implementar os seus princípios e valores humanistas. Uma vez mais se relacionam aqui três elementos essenciais: escola, professor e aluno, para se compreender que eles se inter-justificam: «Coloca-se não apenas a questão quantitativa de assegurar o acesso dos cidadãos à educação, mas é mister, além
disso, garantir educação de boa qualidade a todos. Ora, se é verdade que a boa escola é imprescindível para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, é certo também que são indispensáveis bons professores, pois sem eles não há boa escola.» (GOERGEN & SAVIANI, 1998:14)
Acontece que, a influência do professor na formação dos cidadãos, invade também o domínio político, porque a cidadania pressupõe, no indivíduo, as condições mínimas para o exercício da atividade política democrática, fundamentalmente na assunção de direitos e deveres.
Neste particular o papel do professor é de extrema delicadeza, mas também de lucidez, de isenção e de firmeza, considerando que: «O papel político do professor e da escola está em garantir a todos, sem discriminação, o acesso ao conhecimento (…) para que o aluno se torne cidadão, o professor precisa estabelecer com ele um tipo de vínculo diferente daquele que reproduz a dominação (…) pois o aluno (…) deve evoluir para a independência (…). O papel do professor é o de alguém que quer modificar o
comportamento do aluno no sentido de libertá-lo, isto é, de não depender do sistema educacional que reproduz a ideologia da classe dominante.» (CLARO, 1995:117)
Vislumbram-se algumas condições para admitir: por um lado, a indispensabilidade e importância do professor; por outro lado, as dificuldades e responsabilidades que sobre ele impendem.
Por isso, para alguns estratos da sociedade, a profissão de professor nem sempre é justamente reconhecida e recompensada. Situações menos favoráveis ao professor devem ser por ele tidas em atenção, mas jamais desmotivado para continuar no exercício da sua nobre profissão porque: «só uma sociedade  subdesenvolvida não reconhece no professor um profissional de primeira linha para melhorar todo o contexto de vida. Os países desenvolvem-se por causa da educação.» (WERNECK, 1996:13)
O cidadão por cuja formação se desenvolve o presente trabalho, há-de ser uma pessoa dotada com sensibilidade, para refletir sobre a escola, sobre a educação, sobre o professor, e este será tanto melhor quanto mais disponível estiver para as atividades investigativa e meditativa, direcionadas para o ensino, o que implica: «abertura de espírito (…) para ouvir e examinar pontos de vista diferentes; responsabilidade perante as decisões tomadas e suas consequências e entusiasmo para romper com rotinas e acomodações.» (GRILLO, 2000:77)
Concluir-se-á esta abordagem, sobre o papel do professor na formação dos cidadãos hoje, invocando, precisamente, a conveniência de uma sensibilidade para a filosofia da educação por parte do professor moderno. Perdoem-me os profissionais de outras áreas do conhecimento mas, certamente, sabem tolerar a invocação de um domínio que, ao longo do tempo, e a partir das mentalidades tecnocratas, tem sido muito
maltratado e ignorado, justamente porque lhes foi negada a formação integral, hoje tão necessária e indispensável nas sociedades que se pretendem tolerantes e cooperantes.
Apesar disso, a Filosofia, na sua dimensão educacional, nunca se eximiu a colaborar com todas as áreas disciplinares, submetendo-se, inclusivamente, à discussão de assuntos difíceis, hoje em dia tão difundidos: aborto, pena de morte, eutanásia, testamento vital, clonagem, bioética, sentido para a vida, toxicodependência, prostituição, tráfico de órgãos humanos, ecologia, e tantos outros.
A educação não poderia ficar de fora de uma profunda reflexão, sendo a principal interveniente no sistema educativo, como igualmente são importantes a escola, os professores, os alunos, os formandos, os encarregados de educação e a sociedade em geral. Ninguém pode fugir ao debate porque: «o papel da filosofia no planejamento educacional é pensar, a partir dos problemas levantados pelas outras disciplinas, numa perspectiva global.» (FURTER, 1973:11)
Esta humildade filosófica será a marca distintiva do bom professor, do bom aluno, do bom cidadão, ou seja, abertura para aceitar opiniões diferentes da própria. O cidadão que se está a construir, será tocado por esta dignificante virtude, precisamente porque a dimensão educacional do homem constitui um património inigualável e impossível de quaisquer outros seres o possuírem, pelo menos de forma consciente e com objetivos bem definidos.
É inadiável, para a pessoa humana, dar um sentido e dignidade à sua própria vida, porque não pode existir mais tolerância numa sociedade onde o homem continue a ser humilhado, torturado e assassinado. O cidadão que se deseja será suficientemente esclarecido para impedir que prossigam os atos de puro terrorismo, a diversos níveis e atividades humanas.

BIBLIOGRAFIA

CLARO, Maria Aparecida de Lima, (1995). “O Vínculo Libertador na Relação Professor-
Aluno”, in: PONTES, Eglê Franchi (Org). A Causa dos Professores, Campinas, SP -
Brasil: Papirus, pp. 441
FURTER, Pierre, (1973). Educação e Reflexão, 7ª Ed., Petrópolis, Rio de Janeiro - Brasil: Editora Vozes.
GOERGEN, Pedro & SAVIANI, Dermeval (Org.), (1998). Formação de professores: a
experiência internacional sob o olhar brasileiro, Campinas-SP - Brasil: Autores Associados Nupes.
GRILLO, Marlene Carrero, (2000). “O Lugar da Reflexão na Construção do Conhecimento
Profissional”, in: Marília Costa Marosini (Org), Professor do Ensino Superior: Identidade, Docência e Formação, Brasília-Brasil: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
WERNECK, Hamilton, (1996). Como vencer na vida sendo Professor”, Petrópolis-RJ – Brasil:
Vozes.
Venade/Caminha – Portugal, 2019
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA” pela Academia Latinoamericana de Literatura
Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.
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No ano de 2019 foi designado o escritor Diamantino Bártolo como Correspondente Internacional da Associação Literária Letras no Jardim.

A Diretoria Cultural da Associação Literária Letras no Jardim, no uso de suas atribuições, criou a função de CORRESPONDENTE INTERNACIONAL.
A função do Delegado Cultural, juntamente com a Associação Literária Letras no Jardim divulgam os saberes em todas as áreas culturais, participam de criações Artísticas e Literárias nacionais e internacionais, sem fins lucrativos, tanto para a Associação Literária Letras no Jardim como para Correspondente Internacional.
Cria ações culturais com participação ativa em todas as classes sociais, sem preconceitos, com direitos e igualdade a todo cidadão, independente de idade, credo, raça ou gênero, conforme estatuto em vigor.


Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo é PRESIDENTE do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Portugal  TÍTULO NOBILIÁRQUICO DE COMENDADOR, agraciado com a “Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil Pedro Álvares Cabral” pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, organizada pelo Governo do Estado de S. Paulo – Brasil, DOCTOR HONORIS CAUSA EN LITERATURA, pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.

Textos de autoria:

Preparação de Docentes/Instrutores

A decorrer o primeiro quarto deste  novo século, em que se pretende uma maior atenção e intervenção para as questões da educação, formação e áreas sociais, o exercício da atividade docente não se prende apenas com a acumulação e transmissão de conhecimentos, mas vai mais fundo quando entra na realidade social. 
Para alcançar tal antídoto, pode-se concordar que a formação dos professores, formadores e educadores, deve abarcar vários domínios, aos quais é necessário aplicar uma pedagogia/andragogia adequadas, o que implica novos currículos e conteúdos programáticos na formação destes profissionais da educação e da formação, que já terão revelado quais as necessidades que pretendem ver satisfeitas: «Os educadores levaram em conta três circunstâncias: o modelo de sociedade, as condições estruturais da universidade e o processo de desvalorização do profissional de educação». (BRZEZINSKI, 2000: 223)
As circunstâncias acima indicadas podem, pelo menos as duas primeiras, aplicar-se a Portugal porque, em boa verdade, ainda se assiste a práticas docentes que valorizam mais a memorização de saberes e teorias retóricas, avaliadas pela melhor ou pior reprodução que o aluno faz, em vez de se lhe pedir que, sobre elas, reflita e analise a possibilidade da sua aplicação prática, a situações concretas da vida real na sociedade, o que se agrava com alguns modelos rígidos ritualistas e excessivamente formais, ainda em vigor em diversos estabelecimentos de ensino, aprendizagem e formação profissional.
A terceira circunstância apontada, e no que a Portugal respeita, não se verifica uma desvalorização significativa do professor, haverá, eventualmente, uma discriminação entre professor do ensino básico, secundário e superior que, proporcionalmente às exigências: de formação, de investigação de investimento intelectual e financeiro, os professores do ensino superior estarão insuficientemente recompensados mas, também, nesta análise, não se vai discutir tal matéria porque parece extravasar os objetivos do trabalho.
O exercício da atividade docente não pode pactuar com interesses meramente casuísticos: de mais uma ‘ocupação parcial’ para formar currículo; ou, porque, tratando-se de uma figura pública, isso traz notoriedade ao estabelecimento de ensino, que admite tal personalidade para professor. 
Por exemplo um político, um empresário, e outras profissões, podem ter muitos conhecimentos e experiências na sua área, mas, eventualmente, sem qualquer preparação para o exercício docente. São convidados, por certas instituições, só porque são considerados notáveis e pessoas de sucesso.
O sistema educativo, a educação e formação dos cidadãos deverão ser objeto de políticas consolidadas, com corpos docentes profissionalizados, estáveis, exclusivos e motivados. Uma política educativa e formativa que dê prioridade na admissão de pessoas preparadas, vocacionadas, experientes, disponíveis a tempo inteiro para conduzirem todo o processo educativo e formativo. A política do professor e formador a recibo verde, (autónomo) sem quaisquer garantias de permanência e vinculação à escola, não conduz, seguramente, ao sucesso. 
Com efeito: «Querendo atacar radicalmente o fracasso escolar, deve-se levar o corpo docente ao nível de formação do corpo dos engenheiros ou dos médicos. Não de um corpo de teóricos, ou de pesquisadores fundamentais, mas de um corpo de práticos ponderados, que baseiam a sua ação e a análise da sua ação sobre uma cultura científica e sobre o conhecimento de pesquisas e dos saberes profissionais coletivamente capitalizados. Por essa razão é importante: repensar a natureza das formações iniciais, não para correr atrás das reformas, mas para tornar possíveis as mais ambiciosas, fazer com que se voltem cada vez mais para um corpo docente que exista, ao menos em parte; fazer da formação contínua um vetor de profissionalização mais do que um simples aporte de conhecimentos, de métodos ou de novas tecnologias: …» (PERRENOUD, 2000:165-6).
A formação do cidadão defendida no presente trabalho depende, de facto e em parte significativa, do desempenho dos professores e formadores que, ao longo da vida, vão tendo na sua educação e formação. 
Confirma-se, e por isso mesmo se justifica, a importância que se atribui aos professores e formadores, à sua preparação científica, pedagógica e prática. Ao conjunto de conhecimentos e técnicas que lhe permitem aplicá-los na vida real, com benefícios evidentes para a sociedade de cidadãos livres, competentes, solidários e tolerantes. Professores/Formadores para as realidades e vida concreta da sociedade.
Na formação do professor, muitas são as disciplinas que ele é obrigado a estudar. Nessa perspectiva: «o desenvolvimento de competências interpessoais pressupõe, da parte do candidato a professor, um aprofundamento do seu auto-conhecimento e o desenvolvimento de capacidades relacionais.» (RAPOSO, 1996:30). 
A Psicologia pode proporcionar ao educador, muitos e diversificados conhecimentos teóricos e práticos, já testados e validados. Apesar disso, não se pretende, por manifesta impossibilidade intelectual, e de tempo, que se transforme o professor e o formador numa enciclopédia, sempre atualizada, ou numa máquina sempre modernizada e reprogramada. Ele, como pessoa, é limitado, finito e, dessa condição, deve dar conhecimento e discuti-la com os próprios alunos e formandos. A humildade do professor é já uma boa prática pedagógica
A formação de professores deverá ser um assunto da maior importância em todo mundo e, nesse sentido, os responsáveis pelos sistemas educativos e de formação profissional, nem sempre têm considerado prioritário este objetivo. A educação dos cidadãos, do ponto de vista político-ideológico, de um dado regime, é crucial para a manutenção desse mesmo regime. 

Bibliografia
BRZEZINSKI, Iria, (2000). Pedagogia, Pedagogos e Formação de Professores: Busca e Movimento, 3ª Ed. Campinas-SP: Papirus. (Colecção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico). P. 223
PERRENOUD, Philippe, (2000). Pedagogia Diferenciada: das intenções à acção, Tradução, Patrícia Chittoni Ramos, Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
RAPOSO, Nicolau de Almeida Vasconcelos, (1996). “O Contributo da Psicologia para a Formação de Professores”, in: Arquipélago, Ciências de Educação – 1, Ponta Delgada: Universidade dos Açores, pp. 13-37


Venade/Caminha – Portugal, 2019


Com o protesto da minha perene GRATIDÃO

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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