Manifesto à poesia - Flôr Kepah 19/08/2011.
Não estranhe a naturalidade de meu poema, de cada verso:
contemporâneo, direto, livre, sem amarras... Estranhe o excesso de rebuscamento
do verso alheio, geralmente, utilizado para mostrar o tamanho do Aurélio que
carrega: léxicos. Palavras que se misturam sem apropriação, vagam por metáforas
incompreensíveis, geralmente, por falta do que dizer, sem uma mensagem real,
sem foco. Não são diretas, não acompanham
o presente, a velocidade da informação, o desprendimento da arte. Então, tornam-se
obsoletas e descartáveis. Pior, com cara de outro século, com algumas poucas
exceções: as obras dos gênios surrealistas sobrevivem ao tempo que, dali
(trocadilho com o mestre Salvador Dalí) não morreu.
Pobre dos eruditos! Exageram em seus textos adornados,
cheios de incompreensão. De tão ocultos, são incontestáveis, conseqüentemente, arrogantes
e prepotentes. Assemelham-se a uma teia de aranha (envenena o outro), confusos
e petulantes, tirados de um livro de história. Aprisionados a regras pré-impostas,
medidas, sem coragem para rompê-las, em prol de algo novo, autêntico. Que
espelhe os seus reais pensamentos, sentimentos e modos de ser, desnudos. Sem
“plágio”, sem medo de desapegar-se do passado, mantendo- o no eterno olhar de
admiração ao que foi condizente ao tempo: à construção arquitetônica Barroca,
que em ruínas ou não, será sempre bela.
Comentários