Federico Garcia Lorca
Iniciamos o estudo de Federico Garcia Lorca e o movimento artístico de sua época
Federico García Lorca
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na
faculdade de Direito de Granada em 1914,
e cinco anos depois transferiu-se para Madrid,
onde fez amizade com artistas como Luis
Buñuel e Salvador Dali e publicou seus primeiros poemas.
Grande parte dos seus primeiros
trabalhos baseia-se em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens,
1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo,
1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928).
Concluído o curso, foi para os Estados Unidos e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu
desprezo pelo modus vivendi estadunidense. Expressou seu horror
com a brutalidade da civilização
mecanizada nas chocantes
imagens doPoeta em Nova Iorque, publicado em 1940.
Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava suas
ideias socialistas e, com fortes tendências homossexuais.
Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Sua música se reflete no ritmo e sonoridade de sua obra poética. Como dramaturgo,
Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais
passadas na Andaluzia, Bodas
de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como
grande dramaturgo.
Se
as minhas mãos pudessem desfolhar
Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!
Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!
Federico
García Lorca
Comentários